• As pessoas que falam sobre o suicídio não farão mal a si próprias, pois querem apenas chamar a atenção.

Um conselheiro deve tomar todas as precauções necessárias sempre que confrontado com um indivíduo que fale de ideação, de intenção ou de um plano suicida. Todas as ameaças de se fazer mal devem ser levadas muito a sério.

 

 

• O suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso.

Morrer pelas próprias mãos pode levar à ideia de ser o resultado de um ato impulsivo, mas o suicídio pode ter sido ponderado durante algum tempo. Muitos indivíduos suicidas comunicam algum tipo de mensagem verbal ou comportamental sobre as suas ideações da intenção de fazerem mal a eles próprios.

 

 

• Os indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a matar-se.

A maioria das pessoas que se sentem suicidas partilham os seus pensamentos com pelo menos uma outra pessoa, ou ligam para uma telefone de emergência ou para um médico, o que constitui prova de ambivalência (sentimento opostos em relação ao ato), e não de empenho em se matar.

 

 

• Após uma pessoa tentar cometer suicídio uma vez, nunca voltará a tentar novamente.

Na verdade, as tentativas de suicídio são preditores (antecipações) cruciais do suicídio.

 

 

• Quando um indivíduo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma tentativa de suicídio está fora de perigo.

Na verdade, um dos períodos mais perigosos é imediatamente depois da crise, ou quando a pessoa está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada e em perigo de se fazer mal. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em risco.

 

 

• Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre alguma perturbação mental.

Os comportamentos suicidas têm sido associados à depressão, abuso de substâncias, esquizofrenia e outras perturbações mentais, além de aos comportamentos destrutivos e agressivos. No entanto, esta associação não deve ser sobrestimada. A proporção relativa destas perturbações varia de lugar para lugar e há casos em que nenhuma perturbação mental foi detectada.

 

 

• Se um conselheiro falar com um “cliente” sobre suicídio, o conselheiro está transmitindo a ideia de suicídio à pessoa.

Um conselheiro obviamente não causa comportamento suicida simplesmente por perguntar aos “clientes” se estão considerando fazer mal a eles próprios. Na verdade, reconhecer que o estado emocional do indivíduo é real e tentar normalizar a situação induzida pelo stress são componentes necessários para a redução da ideação suicida.